sábado, 9 de julho de 2011

RELATÓRIO DA OMS APONTA O ALCOOL COMO RESPONSÁVEL POR 4% DE TODAS AS MORTES DO MUNDO


Consumido livremente nas mais diversas rodas sociais, sobretudo as de jovens, o álcool frequentemente é associado à descontração e divertimento. Em filmes, novelas e reality shows, homens e mulheres saudáveis o consomem com fartura. Não faltanto estímulos para o consumo de bebidas alcoólicas.

De forma bastante simplista, os riscos do consumo abusivo de bebidas alcoólicas restringe-se nos discursos à sua relação com os acidentes de trânsito e, por conseguinte, à vedação específica existente no Código de Trânsito Brasileiro.

Vedação a que a sociedade afirma apoiar, mas que teve sua efetividade fortemente limitada pela oposição social aberta à proibição da venda de bebidas alcoólicas nas estradas. Como se não bastasse o flagrante descumprimento nas zonas urbanas de todas as cidades brasileiras, por integrantes de todas as camadas sociais, para atestar a inefetividade da proibição em foco.

E, para incrementar ainda mais os argumentos daqueles que vêem com restrição o consumo de qualquer substância capaz de alterar significativamente às faculdades mentais, o Relatório Global 2011 sobre Álcool e Saúde, produzido e divulgado pela Organização Mundial de Saúde (cuja versão integral em inglês encontra-se disponível no http://www.who.int/substance_abuse/publications/global_alcohol_report/en/index.html) apresenta, dentre outras, as seguintes constatações:

·        Cerca de 4% de TODAS as mortes no mundo estão associadas ao consumo de álcool;

·        Essa percentagem é maior do que as mortes decorrentes de violência, HIV e turbeculose;

·        A maior parte das pessoas cujas mortes estão relacionadas ao consumo de álcool tem entre 25 e 39 anos, justamente o período de maior capacidade de trabalho;

·        O álcool tem relação direta com significativa quantidade dos casos de violência doméstica, redução da capacidade produtiva e sérios problemas de convivência;

·        As doenças decorrentes da fragilização do organismo pelo consumo de álcool oneram significativamente aos sistemas de saúde de todos os países;

Ou seja, há uma série de prejuízos direta e indiretamente relacionados ao consumo de álcool. Daí a iniciativa da OMS em divulgar tais informações para que surjam iniciativas para reduzir os danos relacionados ao consumo abusivo de bebidas alcoólicas, dados os prejuízos econômicos, sociais e de saúde que provoca.

E olha que os dados são focados na perspectiva de saúde pública. Imagine se adicionarmos à equação os reflexos sociais e econômicos do consumo de álcool na esfera penal; em expecial na seara policial e na prisional...

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